O SENAI representou o Sistema S nesta quinta(4/12) na audiência pública da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais doSenado, que integra as atividades da 4ª Semana do Senado de Acessibilidade eValorização da Pessoa com Deficiência.
Foram discutidas no encontro ações para ainserção de deficientes no mercado de trabalho, a Lei de Cotas e o Estatuto daPessoa Portadora de Deficiência. Participaram da audiência o senador Paulo Paim(PT-RS), autor do projeto do Estatuto, e a gestora do Programa SENAI de AçõesInclusivas (Psai), Loni Manica (foto), que apresentou as ações desenvolvidas doprograma desde a sua criação, em 1999, entre outros senadores e convidados.
“Iniciamos o programa para promover ainclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais nos cursos doSENAI”, disse Loni. “Hoje, estamos com a proposta presente em todos os estadose no Distrito Federal”. Ela falou também sobre os obstáculos dos empresáriospara cumprir a Lei 8.213, que instituiu a obrigatoriedade da contratação de deficientesnas empresas com mais de cem empregados.
“Temos trabalhado junto ao empresariadopara conseguir qualificar essas pessoas”, disse ainda a gestora do SENAI. “Comoeducadora, acredito na inclusão por competência e não por cotas”.
Novas propostas – Asubprocuradora-geral do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), MariaAparecida Gugel, elogiou o Psai. “Não temos o trabalhador qualificadoadequadamente para o exercício da atividade. Hoje, é o próprio empresariadoquem faz essa qualificação, quando na verdade essa é uma obrigação do próprioestado”. Maria Aparecida sugeriu a criação de estímulos para a qualificação e acontratação de mais deficientes.
“Quem sabe propor a desoneração da folhaou de encargos sociais?”, perguntou a subprocuradora-geral. “Precisamos tambémincentivar os deficientes a buscar o mercado de trabalho. Muitos vivem deassistência social e temem de deixar esse incentivo. Precisamos discutir essaspropostas no legislativo”,
O deficiente Eduardo Purper, de 22 anos,relatou a sua trajetória para realizar o grande sonho de graduar-se em jornalismo.“Trabalho na rádio da minha faculdade. Digo sempre que o deficiente só precisade oportunidade”.
“O meu sonho é poder participar de umaseleção competitiva, para que eu tenha a oportunidade de mostrar o Eduardojornalista e não o Eduardo deficiente. Costumo dizer que eu não tenho nada,pois a cadeira de rodas apenas faz parte de mim. Eu tenho muito a dar”, afirmouo estudante, que se graduará em Jornalismo no dia 18 de julho de 2009.
Defensor dos direitos das pessoas comdeficiência, o ator Marcos Frota, também presente à audiência, lembrou que oBrasil tem cerca de 25 milhões de pessoas com algum tipo de necessidadeespecial. O artista destacou que muito se tem discutido sobre a inclusão dessaspessoas no mercado de trabalho, mas alertou para o fato de que nem todosdesejam atuar numa profissão formal.
Psai – O ProgramaSENAI de Ações Inclusivas (Psai) ministra em todo o país cursos de qualificaçãoprofissional para a inserção de deficientes no mercado de trabalho. Até agosto,mais de 34 mil alunos com necessidades educacionais especiais foram formadospor unidades do SENAI.
O programa atende deficientes/condutastípicas e altas habilidades em seus cursos da organização. Também proporciona oatendimento a negros/índios e amplia a participação de mulheres nos cursosestigmatizados para homens e vice-versa, além de orientar os departamentosregionais na requalificação profissional de pessoas acima de 45 anos.
O Psai é desenvolvido levando emconsideração os aspectos legais – Decreto 3.298/99, que ratifica a Lei 7.853/89–, que dispõe sobre a obrigatoriedade das indústrias contratarem de 2% a 5 %pessoas com deficiência, amparando a necessidade de ações para capacitar epreparar esta clientela para a demanda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário